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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Pais e Filhos

   A relação de pais e filhos é definida pelos sentimentos de proteção, carinho mútuo, da aprendizagem e a evolução moral de ambas as partes, mas o que fazer quando não ocorre na pratica o que consta da teoria?
  
   Se usarmos uma visão sociológica do núcleo familiar, veremos o conceito de primeira escola, onde estamos constantemente fazendo os exercícios sociais diários como o nosso senso comunitário, a relação de certa hierarquia entre familiares, fruto da cultura patriarcal que vivemos. Se levássemos a imagem da família apenas na imagem racional usado pela sociedade poderíamos dizer que seria muito fácil viver, afinal cada um saberia bem sua função dentro da “Sociedade Família" que estamos inseridos sem a necessidade de entendimento de alguns aspectos, mas queremos fazer a relação do racional, que é a família aos olhos da sociedade e do emocional, baseado na visão religiosa, no seguinte caso me apoiando em literaturas espíritas como "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e "O Livro Dos Espíritos", ambas as obras escritas por Allan Kardec com auxílio de espíritos, obras que em sua leitura podemos refletir bem sobre essa relação que tem assunto para muitos debates e para nos proporcionar o entendimento sobre os diferentes caracteres de comportamento e convívio em nossa casa.

   Se a relação fosse apenas o que está descrito no início do texto seria tudo simples, não tendo a necessidade de tantos estudos, tantas pesquisas entre outros meios para que possamos entender as pessoas com quem dividimos nossa casa e nossos sentimentos, não teria necessidade de explicar alguns fenômenos como revolta dos filhos, dificuldade de comunicação, intrigas, discórdias entre outros problemas enfrentados pela minha família e a de milhares de pessoas em todo o mundo.

   Através do estudo que tenho, e, da leitura que fiz antes de escrever o corpo deste texto baseado no Espiritismo, o qual é minha religião desde meu nascimento. Segundo o Espiritismo a relação de família se define por um ciclo de reencarnações, onde retornamos ao mundo corpóreo para que possamos resgatar o sentimento de amor que nos faltou para com o outro em vidas passadas, em outras encarnações, não necessariamente que tenhamos vindo no mesmo núcleo familiar nessas vidas. O fato de virmos na mesma família para resgatar esse sentimento não é por acaso, pois retornamos na mesma família justamente para que o trabalho seja reforçado pelo amor primário, sim de pai para com o filho, o amor incondicional, amor esse que ajudaria nesse processo de renovação dos laços que foram em outras passagens desgastados, ou até rompidos. Laço familiar além do espiritual tem também o material, o social, assim ressaltando a importância do trecho citado anteriormente no texto, onde tais laços se tornam de suma importância na evolução moral, cultural e intelectual desses indivíduos.

   Acredito que a cada dia que abrimos nossos olhos estamos recebendo uma nova chance de vida, mais precisamente com nossos familiares. A chance de deixar de lado o passado a as dores que o acompanham, chance de olhar para o outro e tentar entender as atitudes, as palavras e de certa forma as lágrimas que caem antes ou durante de uma conversa seja ela um tanto agressiva ou mais branda possível. Enfim, como se a cada dia pudéssemos recomeçar do zero com a oportunidade de levantar e caminhar, nos cabe saber se estamos realmente aproveitando essas oportunidades do dia-a-dia ou se estamos ainda muito presos ao passado, estáticos, descompromissados o que apenas decresce e impede cada vez mais que os tão buscados laços se restabeleçam e se fortaleçam.

   Talvez essa seja nossa eterna e mais dura luta contra o orgulho, para que possamos perdoar os outros e também que possamos olhar para dentro, no espelho interior e termos plena consciência de que nós podemos e vamos ser o agente modificador, mas essa mudança tem que ocorrer primeiro em nós para depois podermos levar essa energia em frente e caminhar pisando no presente e visando o futuro, para crescer, evoluir e amar não só os familiares, mas também as outras pessoas com quem compartilhamos vários momentos de nossa vida sejam de tristeza ou de contagiante alegria.

   A reflexão sobre a família inevitavelmente nos faz pensar na nossa e vamos aproveitar esse momento para sabermos o que podemos acrescentar para que essas modificações ocorram, para que o entendimento dos nossos familiares seja mais claro, mais aceitável e possamos perdoar os que nos fizeram algum dia e que possam nos perdoar se a eles chegamos a fazer algum tipo de maleficência, seja num ato ou simplesmente em palavras mal colocadas ou mal interpretadas, assim finalmente estaremos caminhando juntos e em sintonia com nossa família, sendo a comunicação uma das peças chaves para esse quebra-cabeça de nosso cotidiano.

   Para aqueles que não conhecem a Doutrina Espírita, segue alguns links que irão auxiliar no seu conhecimento sobre essa religião, contendo arquivos para download:



  - Allan Kardec foi o decodificador da doutrina espírita no mundo, sendo autor das obras acima vistas, as quais explicam com clareza o que é o Espiritismo, seus princípios, suas percepções sobre as relações de nosso mundo terreno, e, do mundo espiritual. Para quem se interessar:

Allan Kardec

   PS: Espero que possamos ter uma visão melhor do lugar onde moramos e vivemos.
  

   Simples Assim!

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